Moinho estético

Por meio de um puro tino, Faço o meu moinho estético.

Volto quando não refino

Café e alfenim poético:

Sou visto de vez em quando,

Remoendo ou ajeitando

Massa de verso patético.

Valdir Loureiro

Arauto no raio de influência

Arauto, eu vou perguntar 

Onde era que você estava,

Que não se pronunciava

Antes de aniversariar.

Por mim, não vai escapar

Da nossa motivação 

Pela participação 

Sua de ser "aspirante 

A um poeta" elegante

Que é humilde e muito entende

Como a poesia rende

Na voz de quem não se gaba.

Portanto, aqui, não se acaba

A nossa firme esperança 

De você entrar na dança 

Da poesia que tocamos. 

Desde já, nós o perdoamos

Quando você for ao solo.

Peça ajuda ao deus Apolo

Ou à deusa da Poesia 

Para "um poeta que cria,

Mas não está satisfeito, 

Porque quer fazer perfeito

Seu oficio, arte ou obra;

Que tem talento de sobra, 

Porém não se convenceu 

De que Deus lhe concedeu 

O dom de ser um artista".

"Só não é um repentista,

Mas tem as suas tiradas:

Na música, viram toadas;

Na poesia, um improviso."

Tudo isso, eu analiso

Sob a luz da experiência.

Peço que tenha insistência:

Tem tudo para dar certo,

Seu caminho está aberto

E não saia mais de perto Desse raio de influência.

Valdir Loureiro 

Convite ao Arauto

Sei que o m

Menestrel não vem

Muito para o nosso meio;

Talvez goste mais do "seio

De outra praia que ele tem". 

Mas hoje temos também 

Outro poeta que achamos.

Se for por mim, convidamos 

O Arauto para dizer,

Em verso, o que acontecer,

Deduzir ou imaginar.

Arauto, pode chegar

Mais perto de nós, que estamos

Esperando. E nós gostamos

Da poesia: você sabe!

O seu improviso cabe

Na nossa circunscrição.

Na areia ou no calçadão,

Você vai ser aplaudido.

Nem vencedor, nem vencido...

E se não for trovador,

Seja só versejador,

Que já é muita vantagem 

Para fazer homenagem,

Versos de agradecimento.

Pode usar o seu talento,

Que tem minha aprovação.

Imagine a presunção!

Quem sou eu para julgá-lo?

Mas aproveito e assim falo

Porque também sou julgado,

Recebendo de bom grado 

Elogio e reprimenda.

Peço que você entenda 

O convite e a ressalva,

Pois acho que já "foi salva

Sua praia nesta tenda".

Valdir Loureiro

Arauto inspirado

Arauto, achei inconteste

Quatro quintos do que eu li.

Eu mesmo "nunca vesti

Essa roupa que tu veste".

Por mim, passaste no teste,

Fazendo "prosa poética".

Usaste a roupa da estética 

Na métrica, ritmo e na rima.

Quando eu li, senti um clima

Com um vento de poesia.

Leve humor, prosa e alegria

Contagiaram teus versos.

Os que ficaram dispersos

Não distoaram do tema.

Ficou bem o estratagema 

Da hipérbole ou exagero.

Escreveste com o esmero

Que fez do texto um poema.

Eu não vi nenhum problema,

Olhando a métrica quebrada,

Que a linguagem organizada 

Vira um poema no texto.

A métrica é um cabresto

E a rima também nos prende.

E para onde uma pende,

A outra faz contrapeso.

A estrofe é um cesto coeso

De tranças bem costuradas.

E as palavras bem montadas

Dão impressão de harmonia.

Isso é bom para a Poesia 

Que ama a simplicidade.

Depois a criatividade 

Mexe um pouco na estrutura.

Uma nuvem de ternura 

Solta pingos de beleza.

E a força da Natureza

Prende o laço criador.

Nessa hora, o trovador 

Recebe a luxuosa Musa 

Que, 'por cima da sua blusa,

Veste-lhe um terno a rigor".

Colorido ou incolor,

Foi um dos que ela te deu.

E "dessa roupa", nasceu

Teu poema em que me pauto

 

Para te chamar de Arauto

Dos Versos da Gratidão.

Com a tua imaginação

Pela voz da Inspiração, 

És poeta culto e cauto.

Valdir Loureiro 

Aniversário do Arauto

Parabéns, amigo arauto,

De Feliz Aniversário!

Volta aí, sorrindo e incauto

Ao teu infantil berçário!

Vai ao júbilo secundário:

Juventude e adolescência,

Até chegar à consciência 

De um adulto e mais prudente.

Segue daí para a frente

Como quem faz um regresso,

Desfrutando do progresso 

De homem amadurecido.

Foste além, bem-sucedido... 

E hoje estás realizado:

Um guerreiro aposentado,

Como assim querias ser!

Ainda podes viver 

Por muitos e muitos anos,

Revivendo sonho e planos 

Junto à família querida.

"Que a tua prole dê guarida,

Aconchego, paz e amor!

Recompense um vencedor 

Que distribuiu os louros!"

"E que, nos anos vindouros,

Deus continue te ajudando,

Protegendo e abençoando

Como filho e pai também!"

Teu aniversário tem

Muita história pra lembrar,

Que só tu sabes contar

Para as pessoas de bem.

Em tom comemorativo,

Seja o dia mais festivo

De efeito prorrogativo

Que do teu destino, vem!

Valdir Loureiro

Conquistador liso

Conquistador, tu estás

Satisfeito com as mulheres?

Não importa quantas terás,

Cuidado com a que preferes!

Há mulher que é uma pluma.

Se o homem tem mais de uma,

Fica liso em seus misteres.

Valdir Loureiro

"Bom dia" com piedade

Bom dia, Velhos Amigos!

Estou aqui, novamente,

Dentro e fora dos abrigos,

Depois do Natal recente.

Parei, caçando na mente

Sentimento humanitário 

Que ficou do Aniversário 

De Jesus, O Salvador.

Paz e luz, saúde e amor

para o mundo, eu sempre quero.

Com muita fé, eu espero;

Na esperança, eu permaneço.

E também me compadeço

Da desgraça de quem sofre 

Sem um recurso no cofre,

Sem ter festejado o Dia

Do Natal como queria;

E de outro que está doente,

Tendo um médico à sua frente

Sem que lhe saiba dizer

Quando não vai mais sofrer

Nem um remédio que tome;

De mais um, passando fome,

Tombando em qualquer lugar.

Não é possível contar

Quantos são os desgraçados 

Que geram efeitos voltados

Ao íntimo da Compaixão.

Eu não tenho a solução 

Para a súplica e orfandade

Contudo, sinto piedade,

Vendo essa necessidade 

Dos que não têm fé... nem pão.

Valdir Loureiro 

"Bom dia" confraternizado

Dou "bom dia" ao Público Amigo!

Prendo meu verbo, mas solto;

Tenho de sair, mas volto

A este poético abrigo.

Desligado, eu me religo

Ao nosso rol, de manhã,

Alimentando o afã

De compor a relação 

Da confraternização

Imaginária que temos.

E agora, enquanto vivemos

O Período Natalino,

Podemos cantar um hino

De louvor a Jesus Cristo.

Com os homens de bem, conquisto

Este bom lugar ao Sol:

Conciliação no paiol

Do convívio social,

Depois de um Feliz Natal

E à luz de um lindo arrebol!

Valdir Loureiro

"Bom dia" social

Oh, Leitores, não me canso

De saudá-los diariamente.

Dou-lhes "Bom dia" em que avanço

No campo social carente

De vencer barra e bloqueio,

Pertencendo a um blog ou meio

De expressar-me publicamente.

Valdir Loureiro

"Bom dia" de Feliz Natal, Cumprimentos Natalinos ou Alegrias do Natal

Alegrias do Natal:

Achei no nascer do Sol,

No cantar de um rouxinol,

Na aurora do meu quintal.

Fiquei pensando, em geral,

Que foi rica essa alegria,

Comparada à estribaria

Onde "JC" nasceu.

Privilegiado sou eu

Que nasci e vivo em casa.

O berço de Cristo embasa

Um símbolo da humildade.

Entregou-se à Humanidade,

Sem ter canto onde morar.

Seu desígnio foi salvar 

O Homem de todo pecado.

Viveu, sofrendo e humilhado,

Por ordem do Pai Eterno.

Não quis ninguém no Inferno;

E, por todos, deu a vida.

A Bíblia foi dividida

Em Dois grandes Testamentos.

Foram os Velhos mandamentos

Renovados pelos Seus.

Foi sempre um servo de Deus,

Com os Novos ensinamentos.

"Renovo os meus cumprimentos,

Que uma mudança, hoje têm,

Ao cristão e a mais alguém...

"Sou feliz, dizendo isto:

O Aniversário de Cristo

É o nosso natal também."

Valdir Loureiro 

Venezuela e Argentina

Recebi de um funileiro

Um papel com este "recado", 

Por sinal, muito bem dado 

Para quem é brasileiro:

"A Venezuela, primeiro;

E a Argentina, segundo,

Saem do Primeiro Mundo

Para cair no funil. 

Vamos cuidar do Brasil 

Para não ser moribundo".

Valdir Loureiro 

                                      

Brilhante aniversário ou Aniversário com estrelas

Depois de perder o sono,

Achei uma antiga telinha.

Das joias que a mesma tinha, 

Uma aqui, seleciono.

Saúdo e ovaciono

Um amigo que não está perto,

Mas tem o seu rumo certo:

"Vive feliz com o que tem".

Parabenizo-o também, 

Mesmo sendo em hora tardia,

Pela passagem do Dia

Do seu Magno Aniversário.

Ofereço-lhe um rosário 

De estrelas incandescentes 

Como se fossem presentes 

Para quem completa ano.

E cada estrela é um plano

Realizado com brilho,

Vencendo luta e empecilho

Na batalha da Existência.

Hoje a sua convivência

É mais próspera e feliz 

No canto onde fez raiz 

Para viver e morar.

"Deus queira lhe prolongar

Muitos anos de idade

Com sorte e felicidade,

Saúde, luz, paz e amor;

"Das estrelas, o fulgor;

Do lar, descanso e sossego;

Da família, muito apego;

Dos amigos, o aconchego;

E da Vida, o esplendor!"

Valdir Loureiro

"Bom dia" com a Bíblia

Na manhã ensolarada 

Com suave ventania,

Estendo a mão, dou "bom dia" 

Com a lição lida e guardada.

Segundo a Bíblia Sagrada,

Um pastor disse em estudo:

"O pouco com Deus é tudo,

E o muito sem Deus é nada".

Nesta aura matinal,

Um crente lembrou também 

Que a soberba não convém 

Ao convívio social;

Que a humildade é um sinal

De uma boa-aventurança,

Que Deus guarda na lembrança 

Humildes de coração.

Não é a humilhação 

Que o orgulho mesmo faz:

É uma virtude que traz

Companhia ou compaixão.

 

Valdir Loureiro

Coração bom e bom coração

"Nascidos para ajudar":

Dois nasceram com esse dom.

Só basta a gente falar,

Eles ouvem bem o tom.

Um tem o "coração bom",

Outro tem "bom coração".

O primeiro oferta o pão 

E o segundo ajuda a alguém.

Este faz, à gente, o bem;

E aquele faz doação.

Valdir Loureiro

Sou cristão

Sou cristão e tenho um alvo,

Além da visão de crer:

É querer ver se me salvo

Bem antes de fenecer.

A morte não pode ser

O extermínio da vida:

É uma passagem temida

Para A Outra Dimensão.

Como eu sei que é presunção

Achar-se salvo ou benquisto,

Sou um espectro de Cristo

Na busca da salvação.

Versos de Loureiro

"Bom dia" ao pé da janela

Eu sei cumprir a tabela

Da manhã, quando o Sol nasce,

Com a mesma réstia na face

E olhando a mesma janela.

Só me faz medo a procela

No mar da vida agitada.

Mau sonho na magrugada

Que passou e não volta mais.

"Meus abraços cordiais,

Verbalmente dou na hora.

Dou 'bom-dia' a quem está fora,

Nos modos convencionais."

Valdir Loureiro

Pedido corporativo

Se algum texto meu ficou

Muito centrado no "eu",

Peço a alguém que não gostou

Que aceite um pedido o meu:

Desculpe o egocentrismo,

Faça corporativismo

Com o espírito de corpo seu.

Valdir Loureiro

Em princípio, a princípio

Até hoje, eu lembro ainda

Certa manhã no hospital

Uma conversa advinda

Do "em princípio" ou em geral;

Do "a principio" ou inicialmente,

Parecido e diferente.

Eu disse que havia quem

Não diferenciava bem

O emprego das duas formas,

Rasgando um papel das normas

Que a Nossa Gramática tem.

Valdir Loureiro

Leitor comentarista

Um dos meus leitores era

Para ser comentarista

Da minha estrofe que gera

Um estilo perfeccionista.

Disse em certa ocasião

Que eu seria um artesão

Das palavras: um artista.

Outro leitor já me encaixa

Em termos e expressões

Que comportam a minha faixa

De estilo e formulações

Podia mais comentar

Minha forma de expressar 

Poéticas composições.

Valdir Loureiro

"Bom dia" com o galo

Enquanto junto estiver

Eu e um galo companheiro,

Não largo o nosso mister,

Fico de olho em seu poleiro.

Depois do cantar do galo,

Dou "bom dia" e não me calo,

Fitando um pé de loureiro.

Valdir Loureiro

"Bom dia" das águas

Bom dia, meu Lago Azul,

Sob o azul do Firmamento!

Sinto a frieza do Sul;

Do Norte, o aquecimento;

Águo a floresta do Leste,

Banho as praias do Oeste.

Sou águas de um cumprimento.

Valdir Loureiro 

Rótulo de "poeta"

Depois que eu fui rotulado

Gentilmente de "poeta",

Fiquei mais acorrentado 

A essa palavra seleta.

Foi gentil leitor quem fez

A corrente da fluidez 

Para a minha alma inquieta.

Valdir Loureiro

Desculpa do erro

Peço a desculpa que devo

Porque, nem sempre, é possível 

Corrigir falha visível 

Nos poemas que eu escrevo.

Meu erro não se enterra.

Desculpe um vate que erra

Em baixo e alto relevo.

Valdir Loureiro

Feliz homenagem

Sou feliz como poeta

Quando alguém, homenageio

No trem da festa completa

Ou no carro de passeio.

Se não, é melhor deixar 

"A carruagem passar

E logo eu sair do meio".

Valdir Loureiro

Moção de aniversário

Velho Amigo e Companheiro,

Foi com agradável surpresa

Que eu li aqui, junto à mesa,

Frases (legenda e letreiro),

Dirigidas a um guerreiro

Que luta com boa-fé.

Então "já sabes quem é".

Mas vou também registrar 

Meu grau de contentamento,

Nota à qual possa juntar

Certidão de nascimento:

"Moção de merecimento" 

Com outra legitimidade.

Comprova a natalidade 

Que a idade não avaria:

"Você aniversaria,

Merecendo receber

Tudo quanto pode ser

Lembrança de aniversário:

Roupa nova no armário,

Joia rara de alta classe...

"Merece que um Anjo passe

Toda hora em seu altar

Para benzer e guardar

Seu espírito de união;

"Que gere em seu coração 

Amor, afeto e alegria;

Que lhe dê luz e harmonia 

Na família e em sociedade;

"Que traga a felicidade...

Dê força para enfrentar

Agruras que o molestar, 

E resistir às doenças.

"Saiba combater ofensas

De um ser humano perverso;

Sentir a paz do Universo 

No canto e em desencanto...

"Creia no Espírito Santo,

Na Santa Igreja que agrega 

Católico e gente que prega

O nome de Deus na terra.

Lute com a fé que desterra

A presença malfazeja.

"E eu peço a Deus que proteja

Meu companheiro de guerra!"

Valdir Loureiro

Proximidade do Natal

Está perto de chegar 

O Natal que esperamos,

Do Homem que reverenciamos

No Céu, na Terra e no Mar.

Vamos todos festejar

O nascimento de Cristo,

"Digitando... Online e Visto

Por último" então e depois.

Você e eu somos dois...

Havendo ou não, outro e eu,

Viva o Dia em que nasceu

Jesus, Pai da Cristandade.

Frieza e proximidade

Vão sair da gelatina 

Com mensagem natalina

De paz e fraternidade.

Valdir Loureiro

Homenagem ao poeta Chico Mesquita

1 RONDÉIS DE MESQUITA

Mesquita, agora eu estou

Remexendo os seus rondéis

Nos variados painéis,

Lá onde Você postou.

Digo o que me impressionou

Na estrutura do poema:

Foi a forma e o esquema 

Com o permeio encadeado.

E o final enchavetado 

Qual retrato pilastra de um coreto.

Só perde para o soneto,

Que esse é mais sofisticado.

2 MESQUITA RONDELISTA

Seu estilo simples parece 

Que foi naturalizado 

Como astro que sobe e desce,

Luminoso e iluminado.

Combina com esse traçado

Muito simples do rondel, 

Girando como um anel

Que, onde para, começa,

Formando assim uma peça 

Feita de ouro na estética 

Da composição poética: 

Vai e vem; depois, regressa.

Valdir Loureiro

Arrepio de emoção

Eu senti um arrepio

Que não sei se vem do vento

Ou dos versos que eu invento

De alma quente ao vento frio.

Pela emoção, desconfio

Que seja mais do efeito

Do que senti ou deleito

Porque foi como em espantos,

Repercutindo em três cantos:

Nas costas, rosto e no peito.

Valdir Loureiro

União familiar e Filhos de Adão e Eva

UNIÃO FAMILIAR

A família é abençoada

Por Deus e Nossa Senhora.

E a sua data é consagrada:

Todo o Mundo comemora.

Vamos relembrar agora

Jesus, Maria e José...

Na santa paz e com fé,

Pais e filhos se reúnem!

Bem mais do que eles se unem,

Cada membro unido possa

Em grupo celebrar Nossa

Senhora da Conceição!

Desejo de coração

Que toda família seja

Em qualquer parte onde esteja

Estável* na união.

*Ou: Muito feliz...

FILHOS DE ADÃO E EVA

Nós somos filhos de Adão...

Hoje a data é acumulada:

Lembra a Família Sagrada

Junto à Santa Conceição. 

É a mesma celebração

Dos Filhos de Adão e Eva.

Nesta dia, "um adão" releva

Um desaforo de um filho.

E "uma eva" expande brilho,

Tirando a filha da treva.

Valdir Loureiro

Em 08-12-2020, Dia da Família e Dia de Nossa Senhora da Conceição.

Adendo criativo

Meu crítico fez muito bem,

Falando em psicografia,

Pois alguém não sabe quem

É, pensando em poesia.

Um espírito ajuda na via

Do que eu faço, escrevendo.

E enquanto estou respondendo

Pelo verso recriado,

Abaixo deixo assinado

Meu nome de autor e adendo.

Valdir Loureiro

Nascer do Sol alegre

Eu quero externar de novo

Minha alegria de estar

Ligado ao público, "o meu povo",

Quando o Sol vem me acordar.

Sob o clarão matutino,

Vem a lume um Beduíno,

Querendo evangelizar.

Valdir Loureiro

Saudação ao público leitor

ROTINA DINÂMICA

Leitores, vamos saudar
O nascer de um novo dia,
Que a Vida é uma travessia ---
Roda gigante a passar.

Outro amanhã vai chegar:
Novo dia vai nascer...
Todos nós temos de ser
Como um sol que sobe e desce.

E enquanto o dia amanhece,
Nova luz, nós vamos ter!

Valdir Loureiro

"Senta a pua", Paladino

Esperei o Paladino

Entrar com a sua mensagem:

"Toque, pouso e decolagem"

Do seu hábito matutino.

Quisera eu fazer um hino

De alguma mensagem sua.

Ele prega ou preceitua

Peça que se aproveita...

No pé de coisa malfeita, 

"Paladino, 'Senta a pua'"!.

Valdir Loureiro

Pregação e poesia

Pregador, a gente entrou

Em acordo ou sintonia:

Você, pelo que pregou;

E eu, pela Musa que cria.

Às vezes, eu tenho dito

Que se encontra no Infinito 

A oração com a poesia.

Valdir Loureiro

Jogral e luto

Um caro amigo já disse

Que "está difícil este ano...".

Nessa fatídica mesmice,

Foi-se mais um veterano.

Imagino perda e dano

Com a ausência de um Jogral.

Tem-se mais um funeral

Para a gente lamentar.

Como se vai conformar 

Sua família enlutada?

E a saudade eternizada

Vai morar no coração 

Dos que lhe têm afeição,

Carinho, amor e amizade.

Um Jogral na Eternidade 

Deixa os amigos tristonhos

E os momentos enfadonhos

De tanta fatalidade.

Valdir Loureiro

Falta e busca de alento

 Não sei se é falta ou saudade

Que eu sinto quando me ausento.
Mas sempre chega a vontade
De voltar a um velho alento.
Talvez, para "fazer hora"
Ou "jogar conversa fora",
Ou "dar asa ao pensamento".

Então volto lá, de novo,
Mais para ouvir que falar.
Desse modo, eu me promovo,
Aprendendo a escutar.
Mas, se o pensamento voa,
O espírito segue outra proa
E pousa em outro lugar.

Dia da Bandeira

Não sou um ser apolítico:

Sou patriota sob ordem.

Subo o mastro e um olhar crítico

Contra os que "pintem e bordem".

Jurei, de qualquer maneira, 

Defender Nossa Bandeira, 

Mesmo que "os rubros" discordem.

Valdir Loureiro

Paciência e Crítica

PACIÊNCIA

Convém se ter muita calma
Com uma atitude ferina
Porque fera não tem alma,
Fazendo a ronda cretina.

E, no caso de eleição,
De acordo com a perdição,
Vira uma ave de rapina.

CRÍTICA
Não posso falar demais
Porque sou crítico ferrenho,
Sabendo que os maiorais
Têm muito mais do que eu tenho.

Mas, no posto, onde um esteja,
Não é preciso que eu o veja:
"Sonho com o seu desempenho".

Valdir Loureiro

Promessa e voto

Político que se eleger,
Fazendo jura e promessa
E que depois esquecer
Uma parte como essa;

Se faz só o que lhe interessa,
Deixando esse compromisso,
É pior que ser omisso:
Faz papel de enganador.

E merece do eleitor
Que lhe foi fiel, devoto,
Ser esquecido no voto,
No próximo pleito a que for.

Autor: Valdir Loureiro 

Dia de Finados

O Dia de Finados é 2 de Novembro.

1 CREDO 

Sobre O Dia dos Finados, 

Vou dizer meu pensamento: 

Eles são ressuscitados 

No credo do sentimento. 

Rezamos com muita fé, 

Ajoelhados ou de pé, 

Um sem manto, outro com véu. 

Parece que estamos vendo 

A pessoa ali, dizendo  

Como é a vida no Céu. 

2 SOFRIMENTO 

Depois, na terra, ficamos 

Com a lembrança imortal  

Das lágrimas que derramamos 

Na hora do funeral. 

Se tiver sido recente, 

A tragédia é mais plangente,  

Que a dor não saiu do peito. 

E se já faz muitos anos, 

A dor fere em outros planos. 

Sofremos com o mesmo efeito. 

3 REVERÊNCIA 

Hoje o dia é dos Finados. 

Porém, a nós vivos, resta 

Muita saudade que atesta 

O quanto Eles são lembrados. 

Nós, saudosos e irmanados, 

Aqui os reverenciamos. 

Também nos aconselhamos 

Um ao outro, como irmãos 

Crédulos, mortais, cristãos 

Com a fé que professamos.

4 EM CASA

A alguém, falta a coragem 

De ir até ao cemitério, 

Para prestar homenagem 

Póstuma, já no campo etéreo. 

Prefere ficar em casa 

Com a tristeza que o arrasa  

Também nos campos terrenos. 

O que os olhos não veem 

Os sentimentos não leem.

E o coração sofre menos?        

5 COLEGAS QUE SE FORAM

Os Colegas que partiram 

Para a Outra Dimensão, 

Dos nossos olhos, sumiram; 

Mas, da nossa mente, não!

A prova está na expressão 

Das palavras que dizemos. 

Um após outro, fazemos 

Quase um cortejo final 

De homenagem espiritual

Quando um Amigo, perdemos. 

6 DESPEDIDA

Tão vasto como Este Dia 

De caráter imortal, 

Meu poema também seria 

Nesta rede virtual.

Mas despeço-me, afinal, 

Após ter feito um lençol  

De versos todos em prol 

Dos mortos que, na verdade, 

Vivem na Eternidade,

E estarei no mesmo rol.

Autor: Valdir Loureiro.     

Aniversário de Valdir Loureiro em 12-10-2020

Homenagem ao Dia da Pátria, 7 de Setembro

Vingança do outro

Vingativo, eu sei que és 
Com ou sem a religião.
E "um cajado de um moisés",
Trazes firme em tua mão. 

Quem pedir o teu perdão 
Terá o pedido negado;
E à sombra do teu bastão,
Fica sujeito e humilhado.

Tua missão no hospital

Cumpre bem a tua missão
Com a qual és "compromissado":
De alta remuneração,
Ou pouco remunerado.

Também, lembra que, ao teu lado,
Alguém precisa de ti:
Ou, por ser adoentado,
Ou, por não saber de si.

No hospital, onde eu vi,
Gente que se internou,
Não queria estar ali,
"Mas foi onde te encontrou".

Ali se hospitalizou
E socorreu-se contigo,
Pensando que se assentou
Em medicinal abrigo.

Hospital é um castigo,
Mas é um bem utilitário.
E ninguém quer ter consigo
Quem é mau funcionário.

Valdir Loureiro

Conflito de domingo à tarde

Eu não gosto da tarde de domingo
Porque sinto a lembrança com a tristeza
De um passado que me deu incerteza.
Fico exposto ao pranto e ao seu respingo.

Ou me ardo por dentro ou choramingo,
Vendo o sol melancólico da mudança.
Encho a mesa de pão e de esperança,
Preocupado com o prato do futuro.

Antes de anoitecer, vejo o escuro,
Sem saber o que vai acontecer.
Como pode o passado não morrer
E o presente ser tempo falecido?

Meu domingo de tarde é parecido
Com três tempos de uma inquietação  
Que se faz sem ter muita explicação 
Em um dia de paz bem conhecido.

Homenagem ao Dia dos Pais 2020

Evocação

Em hora transformadora,
Chegou um fenômeno a mais:
Com a sua aura redentora,
Hoje é O Dia dos Pais.

Os dias não são iguais:
Cada um tem o seu bem.
E as coragens paternais,
Só o Dia dos Pais tem.

Desfecho

É um pai quem vai e vem,
Debaixo de sol e chuva.
E agora, é usando também
Álcool em gel, máscara e luva.

Se morre, deixa a viúva
Com os filhos a chorar
Como as videiras sem uva,
Como as noites sem luar...

Vão todos se enlutar,
Mas, quando chega o seu Dia,
Procuram ressuscitar
O pai e a sua alegria.

Os pais têm uma serventia
Que os filhos dizem qual é
Se a mesa estiver vazia
Sem pão nem leite e café.

Um pai é "um são josé"
Um pagador, patriarca,
Sempre disposto e na fé, 
Com as despesas que abarca.

Na família, está a sua marca
De herói, de um guardião:
É "um pai noé" que tem arca
De amor e de criação.

A família é uma nação
Que um pai governa e preside.
Mas trata-se da união
Que política não divide.

O bom filho não agride
O pai - a quem deve alento;
E onde está ou reside,
Cumpre o Quarto Mandamento.

Filho e pai têm fogo e vento
Que só o pai é quem sente
Porque teve o experimento
De filho, primeiramente.

Querido familiarmente,
"Um pai é autoridade".
Recebe solenemente
Palmas de felicidade.

No seio da sociedade,
Ele também tem valor:
Com respeitabilidade,
É chamado de Senhor.

Se tem um fornecedor,
Ganha credibilidade,
Que um pai é um provedor
De alimento e de amizade.

Frases optativas 

Seja feita a sua vontade
Com as bênçãos celestiais,
Na terra e na eternidade:
Um Feliz Dia dos Pais!

Que os poderes divinais
Ofereçam um bom lugar
Aos espíritos paternais
Onde possam descansar.

Quando voltarem a vagar,
Já, em outra encarnação,
Saibam como orientar
Pais de muita geração.

Pai e mãe, filho e irmão,
Neto e demais descendentes
Sejam uma constelação
De estrelas reluzentes!

Frutos de boas sementes,
Sejam filhos, mães e pais,
Nos climas frios e quentes
Dos dramas universais.

Pelas vozes filiais,
Ainda se pede a Deus,
Rei dos reis e Pai dos pais,
Que abençoe os filhos Seus!

Nesta data sem "adeus",
Os filhos, cantando, vão 
Entregar os jubileus
Ao "papai do coração".

Quitação ingrata

Não espero mais recompensa
De gente a quem ajudei.
Espero mesmo é que eu vença 
Grandes questões que abracei.

À luz da razão, não sei
Se recompensei a quem
Me deu o de que precisei
Ou se fui ingrato também.

Hacker

Quem faz o ato imperfeito 
De clonar um "chip" alheio
Pode fazer um malfeito
Com algum crime pelo meio.

Não lhe importa se isso é feio.
Quem clona "um zap ou um chip"
"Hackeia" e faz rateio
Com um "hacker" em sala "vip".

Usando a mão que suprime
Ou com o sintoma de um surto,
Quem sabe cometa um crime
De morte, de sangue ou furto.

Consciência

Quando temos consciência
De um erro que praticamos,
É tão grande a penitência
Como o dano que causamos.

Porém, quando não sabemos
Qual foi o nosso pecado,
O erro que cometemos
Não é racionalizado.

Felicidade no leito

Sou feliz por estar vivo
Com um quadro de saúde 
Que não me faz depressivo
Em um leito onde me escude.

Escudado, eu me oriento
Sem um ponto cardeal
E imune ao ferimento
Da cama de um hospital.

Hospital, mesmo, não era
Para me causar tormento.
No seu leito, quem me dera
Tirar dor e sofrimento!

O meu conforto é gerado
Pela paz interior
De não estar internado,
Precisando de um doutor. 

Amigo de fé

O luxo atrai a amizade.

Mas ninguém sabe quem é, 

Em meio à festividade,

O amigo de boa-fé.

Procurando o sentimento 

De um amigo ou companheiro,

É durante o sofrimento

Que se encontra o verdadeiro.

Seres humanos e bichos

Um ser humano tem escopo
De um bicho ou de animal,
Pois "As fábulas de Esopo"
Dão mostra, exemplo e sinal.

Quem trabalha muito é igual
À incansável formiga.
Quem vive para a cantiga
Compara-se à cigarra.

Quem quer ter juba e agarra
É como um leão ruidoso
Que, enjaulado e perigoso,
Foi salvo pelo ratinho
Que roeu corda e cortou linho,
Usando o dente afiado.  

O andar lento é comparado
A passo de tartaruga.

É muito o que se conjuga
Entre um ser humano e um bicho,
De um zeloso capricho,
À venosa sanguessuga.

Acometimento funesto

Revoltadíssimo, eu fiquei
Com a morte do meu irmão,
Sem chance de reação
Aos reveses que enfrentei.
Ainda agora, eu chorei
Pelo seu sepultamento.
Mas foi o acometimento, 
Forma como adoeceu,
Que também me entristeceu,
Vendo um irmão falecer
Sem nada poder fazer
Um santo, um médico nem eu.
     (Estrofe autobiográfica)

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Aniversário do meu filho Daniel 2020

Perda e sofrimento

Acostume-se a não ter.
A perda é dor que sofremos
Por chegarmos a perder
Um amor com o qual vivemos;

É uma pena que sentimos
Porque temos de viver
Sem voltarmos mais a ter
Um bem que adquirimos:
Saúde, paz, afeição
Ou a presença de um irmão -
Parte do que existimos.

"Filhos do Quarto Mandamento"

Uma vida pelos pais:

Primeiro filho
"Ele viveu mais, cuidando
do pai e da mãe; e dele, não."
Assim, na terra, foi dando
bom exemplo de filho e irmão.
Depois da luta seguida,
deixou honrada e cumprida
essa sagrada missão.

Segundo filho

Um filho que se dedica

Aos seus pais, de corpo e alma,

Merece mais do que palma,

Vida digna e vila rica.

Somente Deus glorifica

Esse espírito elevado

Que se entrega, dedicado,

Aos seus pais no sofrimento.

Para honrar seu nascimento

Do ventre onde foi gerado,

Do peito paterno amado,

Cumpre o Quarto Mandamento

Dos Dez que Deus tem olhado.

Valdir Loureiro

Competência da bisbilhotagem

A bisbilhotagem é supercompetente
Quando se vai intrometer na vida alheia.
Não lhe importa se a sua atitude é feia
Ou se está agindo de modo indecente.

O que lhe interessa é colher fielmente
As informações confidenciais,
A idade, a doença e os dados pessoais 
Daquele que é o alvo da curiosidade.

E ser curioso é outra capacidade
Que o bisbilhoteiro possui em abundância.
Pergunta, especula e atribui relevância 
Ao fato que seja do seu apetite.

Adentra uma casa sem ter um convite
Até se inteirar do que aconteceu.
Qual é a "causa mortis" (de quem faleceu),
Pois já não lhe basta saber o diagnóstico.

Não lhe importa se alguém o acha pernóstico,
Filão, atrevido, abelhudo e intruso.
Depois de saber um segredo, faz uso
Em proveito da sua astúcia e fuxico.

Onde não lhe cabe, ele coloca o bico
Até sentir gosto no fundo do balde
Onde houver segredo e então ele malde
Do que o pobre tem e do que falta ao rico.

Formado em Medicina para curar

"A corda rebenta do lado mais fraco."

Eu já quis ser formado em Medicina...
E se fosse, não mataria alguém,
Não deixando o doente morrer sem
Prescrever um remédio ou vitamina.

Não faria da Arte uma assassina,
Minha mão não seria criminosa.

A consulta não era preguiçosa.
Meu impulso carnal, eu controlava:
Um assédio, eu nunca praticava,
Tendo sempre a relação respeitosa
Exposta à vista ou na intimidade.

No hospital e na maternidade,
Como médico de posto e de família,
Se eu tivesse de ficar em vigília, 
Não dormia em plantão nem em emergência.

Não perdia a linha da paciência,
Não brigava com um acompanhante;
Nem tomava atitude provocante,
Nem seria um espírito insensível.

Minha caligrafia era legível
Para não confundir um famacêutico.
Não deixava o processo terapêutico
Sem controle ou apenas com enfermeiro.

Não queria saber só do dinheiro,
Não pensava somente em recompensa;

Combatia o avanço da doença,
Não seria um médico descuidado.
Não deixava o paciente acamado
Sem saber o que iria acontecer.

Hospital ia ter de obedecer
A um conselho fiscal de medicina.
Não deixava uma ave de rapina
Encostar-se ou se agarrar em mim.

Meu perfil curador seria assim
Como o de "um hipócrates" que me ensina,
Diferente de um hipócrita com outro fim.

Sofrimento, pena e pranto

Eu te vejo na agonia 
Do teu sofrer longo e lento.
Suportas e eu enfrento
Chaga, dor e hora fria.

Perdes a voz e a energia,
Mas eu não perco a esperança.

Tua face é frágil e mansa
Como a minha lágrima interna
Com a calma que me consterna.

Teu corpo morno e coberto
Precisa de mais conforto.
Recebe meu afago certo,
Ajeitando um lado torto:
Fico a postos, pronto e perto
Do teu espírito absorto.

Sofres em silêncio. E eu
Sigo esse exemplo teu.

Na dor que nos avizinha,
Abala, fere e definha,
Tua pena é maior que a minha;
Teu pranto é menos que o meu.