Poemas da missão de governar

13/06/2020

Sofrimento, pena e pranto

Eu te vejo na agonia 
Do teu sofrer longo e lento.
Suportas e eu enfrento
Chaga, dor e hora fria.

Perdes a voz e a energia,
Mas eu não perco a esperança.

Tua face é frágil e mansa
Como a minha lágrima interna
Com a calma que me consterna.

Teu corpo morno e coberto
Precisa de mais conforto.
Recebe meu afago certo,
Ajeitando um lado torto:
Fico a postos, pronto e perto
Do teu espírito absorto.

Sofres em silêncio. E eu
Sigo esse exemplo teu.

Na dor que nos avizinha,
Abala, fere e definha,
Tua pena é maior que a minha;
Teu pranto é menos que o meu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário