Eu não gosto da tarde de domingo
Porque sinto a lembrança com a tristeza
De um passado que me deu incerteza.
Fico exposto ao pranto e ao seu respingo.
Ou me ardo por dentro ou choramingo,
Vendo o sol melancólico da mudança.
Encho a mesa de pão e de esperança,
Preocupado com o prato do futuro.
Antes de anoitecer, vejo o escuro,
Sem saber o que vai acontecer.
Como pode o passado não morrer
E o presente ser tempo falecido?
Meu domingo de tarde é parecido
Com três tempos de uma inquietação
Que se faz sem ter muita explicação
Em um dia de paz bem conhecido.
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